sexta-feira, julho 20, 2007

Perdidas em algum lugar do passado
Estão as fronteiras vencidas de todos nós

Sobrepostas às desilusões do dia-a-dia
Como um soneto incompleto e sem rima

Numa cidade onde nada muda, só as estações
A vilania de deixar-se apaixonar
Invade as noites frias de inverno
Gelando corações vulcânicos adormecidos

De uma estrofe só se constrói o poema da vida
Rimando desastres com o acaso das catástrofes
Mesmo quem passa incólume por todos os obstáculos
Sofre a dor de não sofrer mesmo que seja um pouco

Vaidade, eis que tudo se resume em vaidade
Dos minutos contados às horas desperdiçadas
Dos sonhos reais às utopias concretizadas
Tudo não passa de pura vaidade dos homens

Servir como um enfeite cadavérico em vida
Tal qual as flores no caixão do esquecimento
Eis a vida incubada, abortada e intumescida
E os cães continuam a ladrar para todos os carros

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