terça-feira, junho 13, 2023

Vamos espalhar o amor

 Vamos espalhar o amor

Por onde a gente for!


Chega de espalhar palavras que levam dor

Chega de semear as sementes do horror 


A vida é uma só

O que vale é o aqui e agora

Não vamos deixar

A esperança ir embora


Vamos espalhar o amor

Por onde a gente for!


Não deixe seu coração se distrair

Aproveite cada momento aqui

E viva a vida

Deixe o amor fluir


Vamos espalhar o amor

Por onde a gente for!


Que marcas você quer deixar

Em cada lugar que passar?

Que memórias vão ficar

Dos encontros que a vida te dá?


Vamos espalhar o amor

Por onde a gente for!

Quero te devorar

Quero te devorar 


Dê-me alguma coisa

Pra saciar essa sede de você

Um sorriso apenas, uma piscada de olho

Um beijo lançado ao ar


Porque eu quero te devorar

Mergulhar bem fundo em você

Depois do êxtase me derramar

E derreter até amanhecer


Não vá embora agora

Não me deixe sozinho com seu perfume

Seu cheiro em mim

E seu gosto sem fim


Porque eu quero te devorar

E mergulhar bem fundo em você 

E lá me derramar e derreter até o amanhecer


Não maltrate assim o meu desejo

Saindo e deixando um gosto de quero mais

Torturando meu corpo com seu calor que não me deixa te esquecer


Porque eu quero te devorar

Mergulhar bem fundo em você

Depois do êxtase me derramar

E derreter até amanhecer

quarta-feira, junho 23, 2021

 Talvez um dia

Talvez um dia a gente aprenda a viver melhor
Olhar com outros olhos, enxergar o Sol
Sentir a água do mar sob os pés
Procurar formas nas nuvens
Talvez um dia a gente sinta de verdade
A força que há num sorriso
Num abraço apertado
E um olhar sincero
Talvez um dia a gente entenda
O quão valiosa a vida é
E que não importa o que aconteça
Seguir em frente é o melhor a fazer
Talvez um dia os dias não sejam somente dias
Mas milagres que anunciam a vida
Sons que embalam o caminho
Enquanto contemplamos as estrelas

 Como um ponteiro de relógio

Que do primeiro ao último minuto
Faz sempre o mesmo caminho
Assim é o vento que não
Informa sua origem
O que de novo posso ver
Se o sol que nasce hoje
É o mesmo que nasceu ontem?
Achar-me melhor por conseguir
Aprender a cada dia só para descobrir
Que o muito que sei nada é
A vaidade não é novidade

Tudo de novo


 E aqui estou eu novamente

Olhando a chuva lá fora

Sentindo frio aqui dentro

Pensando em você


Aconteceu tudo tão de repente

Uma explosão de sentimentos

Que nunca senti antes

Foram risos e lágrimas

Dores e prazeres

Uma gangorra de emoções

Um turbilhão de sensações

E então você se foi


Mas antes de ir

Me arruinou por dentro

Estraçalhou meus sentimentos

Me deixou o sofrimento


E aqui estou eu

Essa massa disforme de arrependimento

Olhando pra chuva

Chorando por dentro

Pensando em você

Querendo tudo de novo

terça-feira, março 31, 2020

Por mais dias assim

Por mais dias assim
Por mais dias assim
De luz, de brilho e calor
Onde o suor escorre do rosto
Como se fosse lágrimas em dias de luto
Por mais dias assim
De flores desabrochando exibindo suas cores
De pássaros orquestrando sinfonias
Como são os lamentos por mortos
Por mais dias assim
De risos das crianças no carrossel
De alegria efusiva de apaixonados
Como se fossem o silêncio de um funeral
Por mais dias assim
De luto, de choro e dor
De sonhos despedaçados e amores destruídos
Como se fosse o raiar de um novo dia

Eu não vou me importar

Não vou me importar

Ainda que a vida leve
Um a um, cada sonho meu
E destroce em suas garras afiadas
Cada fio de esperança que me restar
Eu não vou me importar


E mesmo que a realidade em sua sanha cruel
Se revele nua e pavorosa à minha frente
Com seu riso de escárnio e horror
Gargalhando do meu infortúnio
Eu não vou me importar


Até se o amor dos que me amam
Se converter em puro ódio e desprezo
E contra mim se voltem cheios de ira
Com pura sede de sangue
Eu não vou me importar


E quando o anseio pela morte se apossar de mim
Me levando em desespero a desejar o fim
Eu não vou me importar



quinta-feira, novembro 14, 2019

Esperando a música acabar

O seu sorriso me acalma
Sua voz me traz paz à alma
Mas porque diabos estou aqui sofrendo
Chorando feito menino?
Será a dor do abandono
Ou um simples chilique infantil?
Não sei e pouco me importa saber
Ou finjo não querer


Não sou um poeta fingidor
Daqueles que fingem sentir
A dor que deveras sentem
Eu quero é gritar pro mundo
Que meu mundo caiu
E eu caí em prantos
Desaguando minhas lágrimas
Sofrendo antigas mágoas

Às vezes quero é que o mundo se lasque
Mas o mundo sou eu e meus vícios
Meus discos, meus livros e amores fictícios
Quisera ser um daqueles super-heróis
Que não superam os próprios erros
Mas cá estou eu remoendo antigos temores
Chorando por falsos amores
Esperando a música acabar

terça-feira, novembro 08, 2011

Um pouco
Um pouco de amor
Um pouco de ódio
Um pouco de paixão
Meio metro de caixão
Um pouco de sonho
Meio quilo de pão
Um pouco de devaneio
Meia hora de exclusão
Um pouco
Mais um corpo estendido no chão
Um louco é pouco
Nessa eterna confusão
De agora e depois
Amanhã já se foi
A vida inteira pela metade
Meu agora não chegou
Só um pouco
E a luz voltou
E a vela a apagou
Mas ainda restou
Um pouco de escuridão
Ou não?

quinta-feira, maio 26, 2011

S�brios Devaneios: SER URBANO

O que eu faço com esse amor que não cabe em mim?
Espalho no ar, no mar, no chão?
O que faço?
Não há mais como me libertar
Não há mais como esquecer
Há somente o amor, puro e simples
Leve e terno
Quente e eterno
O amor que só um filho pode fazer um homem sentir
O amor que é indizível
Inconcebível
Que não se explica
Que não se acredita poder sentir
Amor que somente existe
E isso já é o suficiente.

terça-feira, novembro 09, 2010

Vou compor uns versos simples
Pra lembrar meus dias tristes
Das noites em claro que passei
Ouvindo o mundo e seus vícios

Vou dormir com versos tristes
Em meu pequeno mundo sem noites
Que passa os dias acordado
Sonhando em ser vivo