quarta-feira, maio 09, 2007

Reflexões sobre um horizonte intransponível
Nada mais são do que reflexos da alma
Como astros vagueiam perdidos no espaço
À espera de que os descubram numa luneta invisível

Quantos anos-luz serão necessários até lá?
Até que desabem os sóis que já estão apagados?

O que me inspira é a transpiração das idéias
Que fervilham em seus invólucros impenetráveis
Como magma expelido de um coração em fúria
Provocando sismos nas antimatérias

Até que a morte os separe de todo erro
Errar será sempre humano, demasiado humano

Para onde será que vai o amor quando acaba?
Não, não vai, vira algo que não foi descoberto ainda
Que seja, o não-amor, o buraco negro da desilusão
Que somente em conjectura existe, se é que existe

Sendo estrela anã, luminosa e incandescente
Ao sol não se oferece o privilégio da fuga

Aos segredos eternos não se tem acesso
Portas fechadas são à pobre razão humana
Pois esta nem a si mesma compreende
Muito menos o que concerne ao infinito

O espaço-tempo de todos os sentimentos
Se abrirá para contemplar as estrelas cadentes

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