terça-feira, julho 31, 2007

Ainda há de se derramar um bálsamo
Sobre cada ferida aberta pelo tempo

E mesmo que o luto persista
Haverá motivos para sorrir

As paredes aquecidas foram ao chão
Um espetáculo de terror como adeus

Para tanta dor não se encontra explicação
Apenas a esperança de que tudo não passe de um sonho

Com os olhos fechados é possível enxergar
O desespero de quem não teve tempo de morrer

E mesmo que se proponha uma caça às bruxas
A vida que foi ceifada num segundo não será esquecida

Abraços e lágrimas, acusações e denúncias
Os culpados são sempre os mesmos

Não têm escrúpulos a oferecer
Somente descaso e ofensivo deboche

Não importa quem errou
Se o pior já aconteceu

Só nos resta contemplar as lágrimas
Da solidão das viúvas e dos órfãos

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