quinta-feira, dezembro 13, 2007

Ainda assim estou tranquilo
Mesmo que as noites sejam mal dormidas
Com o ruído do trem inundando o quarto
E o farol reluzente me cegando os olhos

É só mais um que passa na noite fria
Carregado de retalhos de vidas sujas
Cheirando a álcool e cigarro barato

Não importa a chuva que cai
Nem memso ela lava a alma
De quem abandonou tudo
E parte em busca de ilusões

A solidão de um vagão escuro
O balanço monótono causando enjôo
E cidades fantasma pelo caminho

Tudo isso se mistura à fome
À angústia e à incerteza
Nunca se sabe se o sol nascerá
A noite é companheira eterna

Ser solitário é simples como sonhar
Mesmo que o sonho nunca vire realidade
E cada estação prenuncie o caos

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