terça-feira, outubro 14, 2008

A vida sente-se a si mesma
Numa rede de ligações contínuas
Sem independências, sem exclusões
Não há nada que seja só e exista para si

Uma árvore que seja somente árvore
Deixará para sempre de ser árvore
A soma de suas partes nunca a completará
Ficará incompleta, imprecisa e vã

O que se busca é a resposta que já existe
Se estamos aqui é para saber para o quê estamos
E quando descobrirmos o que está por trás disso
Acabaremos pensando em outra coisa

O que pouco nos importa é o que mais importa
E o que se sente não faz nenhum sentido
O que nos controla não regula a si mesmo
E se perde no redemoinho das loucas vaidades

Eu sei que os sinos dobram por mim
A mim as coisas se mostram como realmente são
Essas são as portas, quem as adentrará?
De onde vem o vento, para onde ele vai?

Céus e terra, cogitos e filosofias
Vaidade de vaidade, tudo é vaidade
Uma parte leva à outra e tudo se liga
E se une e se quebra e se renova

Onde estão as bases? Ruíram!
Os papéis mudaram, os atores são os mesmos
Assim como os erros em outros tempos
Aqui se faz, aqui se paga, será?

Será uma incógnita sempre perseguida
A que raça pertencemos? Não era a humana?
Assim nos perdemos, nos desumanizando
Enquanto isso os sinos continuam a dobrar

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