quinta-feira, outubro 05, 2006

Como um frêmito inesperado você surgiu
Assaz forte para que eu me contivesse
Insuficiente em sua verdade velada
Por demais néscio para se manter

Como tocha incandescente me feriu
Num calafrio intermitente e distante
Regurgitando meus sonhos antigos
Espantando os fantasmas da alma

No lago o cadáver da lua flutua
Em seu brilho fosco me convida `a morte
E você sorrindo e tremendo demente
Afunda-se no lodo da vaidade

Você consumiu meus amores
No meu jardim murcharam-se as flores
E no recôndito obscuro da alma
Desfaleceu minha noite altiva

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