sexta-feira, abril 24, 2009

Às vezes a vida dói de forma intensa
Mas ela ainda é o pouco que nos resta
De tudo o que sentimos ou esperamos
Nada nos sobra ao final de tudo

Não há segredo que não seja revelado
Não há olhos que vivam para sempre nublados
Mas há azuis que se perpetuam na escuridão
E ondas que arrebentam nas praias da solidão

Às vezes a vida parece um tanto indefinida
Como a fumaça de um navio no horizonte distante
E são os passos distraídos em noite de neblina
Que conduzem os sonhos para terras longínquas

Onde não há retorno para os dias desperdiçados
Se escondem soluços engolidos a seco
E cada lágrima que teve a existência impedida
Desfruta da liberdade que um dia lhe foi negada

Vãs são as horas para quem não existe no tempo
Inúteis os dias vividos, sofridos, perdidos
Em busca de respostas, sentidos e motivos
Somente o último dos fiéis sobreviverá

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