quarta-feira, novembro 08, 2006

Esperei por tanto tempo encontrar uma razão
Um motivo que me desse explicação
Que me convencesse do contrário
Do que vejo escondido no peito
De quem desiste de viver
Não seria o desespero ou a esperança do porvir
Muito menos a alegria de morrer
Perder a essência da própria existência
Venerar o futuro incerto e inseguro

Nunca mais um dia a esperar
Respostas inconsistentes para problemas vãos
Soluções inadequadas para dores irreais
Sofrimentos que se inventam por fraqueza
Por culpa de intermináveis pesadelos
Trazendo insônia à noite perdida
Descendo ao túmulo da incompreensão
Que se estende até o céu encoberto
Nunca dantes visto ou contemplado

Não será jamais por tantas vezes
O que nasceu puro e morreu só
Dividindo o caminho da perdição
O esquecido dia que não raiou
Invadido pela noite escura e fria
Da solidão perversa e inútil
Abandonado pelo sono que conforta
Virando a vida pelo avesso
Perdendo a lucidez desfeita em trevas

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