quinta-feira, março 22, 2007

Não resistimos à nossa falácia
Das mentiras que contamos nenhuma prevaleceu
Insustentáveis, difíceis de acreditar
Por suborno ou por vontade, para nada servem

Por loucura ou medo, paixão ou vício
Nos emaranhamos em discórdias deprimentes
Por vaidade ou perversão, insanidade ou depressão
Desatamos os nós da maldade que nos assola

Não são permitidas vitórias inglórias
Por corrupção será simples a desordem
De caos em caos se transforma retórica
Vazia, desafinada ou puramente inválida

Por vingança o atroz assassino
Num rompante de cólera rompe o fio da igualdade
Construída e conquistada sem amor
De remorsos exaurida em sua luz

Não seria sem sentido sentir demasiado
E em segredo lamentar o caos ordenado
Das dunas do deserto escondido e selado
No seio arfante de um herói decapitado

Por certeza de impunidade desonrosa
A vida se arrasta sem precisão
Destronando rotas que se colidem
Numa perfeita parede de ilusão

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