quinta-feira, agosto 30, 2007

Não sei onde foram parar todas as flores mortas
Que um dia enfeitaram meu último leito
Perfumando minha morte para aquecer meu corpo frio
Colorindo o dia que se vestira de luto

Onde foram parar os risos que alegravam a festa
O banquete de hipocrisia que torturava meus dias
Saciando a fome dos que se odeiam em harmonia?

Não sei o que foi feito dos amores que não vivi
Paixões torrenciais não me inundaram
Nem houve ternura para irrigar meu árido coração
Nem sonhos que povoassem minha noites insones

O que foi feito das festas infantis de riso alegre
O mesmo riso que não ecoou em minha infância
Aquele que não faz aprte da memória dos meus dias?

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