segunda-feira, abril 16, 2007

Em todos os cantos em que o canto soou
Nasceu a beleza das flores silvestres
Em cores vivas e flutuantes canções
Ecoou no vale a voz das paixões

Em saudosas acácias o beija-flor descansa
Deliciando-se ao som dos perfumes
Nas asas da margarida a borboleta inerte
Saboreia a doçura das rosas astrais

Suga o doce mel a negligente lagarta
Que se arrasta indolente nas folhas celestes
Aguardando o casulo da metamorfose inevitável
O mundo ideal mais real que o imaginário

E no aflorar, a renovação da vida que se perdeu
Em vôos noturnos carregados de lembranças
Para nunca mais ser, nunca mais fingir
E seguir, sem cor, sem dor, por amor

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial