domingo, fevereiro 10, 2008

Não há como fugir deste lugar
É um castelo de pedras sem vida
Onde o sol não ousa entrar

Não há como livrar-se das consequências
Para cada erro a punição cabível
E viver sem erro é quase impossível

Nessa fortaleza inexpugnável e cruel
Os terrores são vividos diariamente
E sem piedade se prova o gosto do fel

Nesses horrores há quem cuide de viver
Por não contentar-se apenas em existir
Até porque não há outro caminho a seguir

Um sonho de liberdade é tudo o que resta
Nessa estrada que conduz ao cemitério da esperança
Onde o sofrimento alheio se transforma em festa

domingo, fevereiro 03, 2008

Sinto falta do barulho do mar
O azul infinito de verde delirante
Areia fina entre os dedos
Tempestades em dias de sol
A solidão do globo dourado
Ardor de pele e noite de frio
Manhã desperta à força
Lençol aconchegante

Sinto falta do crustáceo sabor
Caminhadas infinitas sem destino
Lua que baila nas águas
O sono que não quer chegar
O sonho nas areias
Paraísos artificiais?
Portas da percepção abertas
Ou diário de menina

Sinto falta da amizade reatada
O sorriso inocente
Uma alma pueril de dedo na boca
Reencontro de amigos
Mal entendido rompendo laços
Um passo em falso, um absurdo
Carona Atraso Adeus
E a vontade de viver tudo de novo