Não há como fugir deste lugarÉ um castelo de pedras sem vidaOnde o sol não ousa entrarNão há como livrar-se das consequênciasPara cada erro a punição cabívelE viver sem erro é quase impossívelNessa fortaleza inexpugnável e cruelOs terrores são vividos diariamenteE sem piedade se prova o gosto do felNesses horrores há quem cuide de viverPor não contentar-se apenas em existirAté porque não há outro caminho a seguirUm sonho de liberdade é tudo o que restaNessa estrada que conduz ao cemitério da esperançaOnde o sofrimento alheio se transforma em festa
Sinto falta do barulho do marO azul infinito de verde deliranteAreia fina entre os dedosTempestades em dias de solA solidão do globo douradoArdor de pele e noite de frioManhã desperta à forçaLençol aconcheganteSinto falta do crustáceo saborCaminhadas infinitas sem destinoLua que baila nas águasO sono que não quer chegarO sonho nas areiasParaísos artificiais?Portas da percepção abertasOu diário de meninaSinto falta da amizade reatadaO sorriso inocenteUma alma pueril de dedo na bocaReencontro de amigosMal entendido rompendo laçosUm passo em falso, um absurdoCarona Atraso AdeusE a vontade de viver tudo de novo