terça-feira, junho 15, 2010

Que sentimento é esse que fere o peito
Sem se importar com a dor que causa
Que dilacera, espanca, humilha, destrói
E depois se vai como se nada fosse?

Que estranha companheira nos visita
Nas longas horas da madrugada
Zombando de nossa tristeza
Rindo-se do desespero que nos toma?

Seria amada, odiada ou desprezada
Aquela que nos infortuna noite e dia
Com seu sorriso sarcástico e sádico
De quem se alimenta de dores?

De minha parte amo-a
Desespero-me por sua companhia
Anseio por seus olhos lúgubres
E sua malevolência fingida

Incontáveis são as horas passo à espera
Desse infortúnio que me sacia a alma
Que me mostra o quanto sou humano
E que me causa um doce sofrimento