Lá se foi mais um diaRepleto de inocente alegriaEnvolto em canções e galhardiaMúsica Ritmo MelodiaDia alegre em que se canta e dançaFeliz alma que das dores descansaTal ilha curvada à fantasiaQue não se rende à rebeldiaNão se vive de forma friaComo quem no deserto se inebriaSaudando a noite que silenciaÉ apenas mais um dia, um dia
O que está acontecendo comigo?Ainda não sei dizer, não me entendoNão atendo meu chamado desesperadoSe sou vulcão em fúria ou adormecidoSou o que sou, ainda vulcão, ainda incertezasE mesmo que não entenda, ainda há uma lendaNão há lagrimas que se derramem como lavaDesse Vesúvio improvável que se congelaPermanece a remanescente fúria implacávelA sós na montanha de neve eternaComo se fosse um vício incontrolávelO desespero do chamado permanece comigoNo seco vazio de um grito emudecidoGuardado a sete chaves para o dia de amanhãQuem está se desesperando meu amigo?Talvez seja o furioso vulcão do eterno chamado
Mas os meus sonhos não foram frustrados Somente acordei no momento erradoE quando dei por mim estava sóEu e meus problemas sem soluçõesE quando o desespero se fez presenteFugi de tudo, de mim, rumo ao nadaEscondendo os olhos da realidadePra nunca mais despertar sem dormirO que me feriu foi o olhar tristeDa criança inocente que sofreu sem merecerCada lágrima sua me fez chorar maisE querer ser forte para não deixá-las mais cairMas agora meus sonhos voltaram e com eles o solE a luta está apenas começando para mimA despeito de tudo e de todos eu vencereiSó espero ainda ser forte o suficiente para amar
Não há limites entre o hábito e o vício
Menores teores, permanece o malefício
Mentira que não passa de artifício
Suave é a noite envolta em fumaça
Tolice, o prazer é uma ameaça
A saúde aos poucos se torna escassa
Prisão torturante, não adianta resistir
Não há caminho por onde se possa fugir
A morte é inevitável, o castelo vai ruir
Há um longo caminho a ser trilhado
Lentamente se verá o sonho despedaçado
E sentir-se-á o erro do passado
Será preciso suportar os últimos instantes
Desejando que a vida voltasse a ser como antes
Meros sonhos de vidas delirantes
Quando será o despertar das ferasFamintas, insaciáveis e sem piedadeSedentas de sangue e agoniaDesejando o ventre dos inimigosUm dia somente e tudo findaráTodo choro e toda tormenta banalNum simples mover de espadasSem compaixão a vida é ceifadaInsalubre pântano de vaidadeEncharca de temores a raça humanaQue não enxerga a imundícia da vidaChafurdada no lodo da ignorânciaDos montes desaba a avalanche fatalTrazendo a morte em seu bojo infernalDespertando as feras do sono letalPara um dia surgirem com a força do mal